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Santa Rita é pioneira na Paraíba na formação de jovens pelo ProJovem Campo

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Santa Rita é pioneira na Paraíba na formação de jovens pelo ProJovem Campo

Autor: Assessoria

Santa Rita é pioneira na Paraíba na formação de jovens pelo ProJovem Campo

O município de Santa Rita é pioneiro na Paraíba na educação de jovens rurais na faixa etária dos 18 aos 29 anos pelo ProJovem Campo, uma modalidade de ensino que permite a escolarização no ensino fundamental e qualificação profissional/social com disciplinas que tenham interface com realidade local do público alvo. A culminância da parte prática […]

20/02/2017 15h54 Atualizado há 7 anos atrás

O município de Santa Rita é pioneiro na Paraíba na educação de jovens rurais na faixa etária dos 18 aos 29 anos pelo ProJovem Campo, uma modalidade de ensino que permite a escolarização no ensino fundamental e qualificação profissional/social com disciplinas que tenham interface com realidade local do público alvo. A culminância da parte prática do programa foi realizada por meio de uma feira neste sábado (18), na Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade, pela Secretaria Municipal de Educação, que reuniu mestres e alunos numa mostra com produtos da culinária regional e práticas sustentáveis como o cultivo de hortaliças em garrafas pet.

Quatrocentos alunos de escolas municipais dos polos de Lerolândia, Odilândia, Bebelândia, Cicerolândia, Cidade Verde e Livramento estão matriculados no programa e, até março deste ano, deverão concluir todo o conteúdo programático com 1.800 horas/aula de teoria e de partilha de saberes, além de 600 horas/aulas de tempo em comunidade, onde os alunos se debruçam em disciplinas práticas, numa metodologia denominada Pedagogia da Alternância.

Cada edição do ProJovem Campo – Saberes da Terra – dura 24 meses e compreende a grade curricular do ensino fundamental, que vai do 6º ao 9º ano. Os professores utilizam 5 cadernos pedagógicos com temáticas como: Agricultura Familiar; Sistemas de Produção; Cidadania; Economia Solidária; Desenvolvimento Sustentável e Solidário com enfoque territorial, correlacionadas com as disciplinas de Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, Ciências Agrárias, além de Linguagens e suas Tecnologias.

As aulas são ministradas das 18h30 às 22h00 nos polos rurais citados. O ProJovem Campo oferece vantagens, tanto para quem estuda, como para quem ensina, dentre elas, uma bolsa de R$ 1.200,00 (com valor dividido em 12 parcelas) destinada aos alunos. Para garantir o recebimento do benefício, os estudantes precisam cumprir 75% da frequência. Além disso, para as mães que não têm com quem deixar seus filhos enquanto estudam, são disponibilizados cuidadores nas salas de acolhimento para tomar conta dos menores de 0 aos 8 anos.
Aos educadores e coordenadores, o programa oferece formação continuada. Em Santa Rita, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Humano e Social (Ibradhes) está sendo responsável pela capacitação dos educadores.
Apesar da rotina doméstica e do trabalho formal, o casal Maria da Guia dos Santos Silva e Robson da Silva está matriculado na Escola Municipal Ambrósio Fernandes Brandão, no polo de Bebelândia, onde juntos enfrentam a maratona de frequentar a sala de aula no turno da noite, em busca da primeira qualificação e escolarização. Durante o dia, ela cuida das tarefas domésticas e ele trabalha como vigia numa usina de beneficiamento de cana de açúcar.
Maria da Guia tem 23 anos e aproveitou para pôr em prática o que aprendeu em sala de aula. Numa área próxima a sua residência, cultiva hortaliças num espaço de 3,5 metros quadrados. Além de complementar a alimentação da família, a estudante também lucra com a venda da produção.

Ela reforçou a importância do programa ao dizer que desde o início vem aprendendo e tendo a oportunidade de avançar na vida, respeitando mais as pessoas e facilitando a comunicação com a sua comunidade. “Não sabia como aproveitar melhor a terra, e depois do ProJovem passei a cuidar mais do que temos. Além disso, aprendi que o estudo nos ajuda a ir pra frente, a ter uma profissão. Agora quero terminar o ensino médio e, se der, fazer um curso superior”, disse.

A satisfação na troca de saberes também foi vivenciada pela professora de Ciências Agrárias do polo Livramento, Maria Juberlita Honório, que, emocionada, falou das dificuldades em ajudar os alunos na conclusão dos dois anos da 1ª turma do ProJovem Campo. “Pra se ter uma ideia, as bolsas dos estudantes foram liberadas somente em dezembro e nós amargamos muitas dificuldades, mas tocamos pra frente e hoje estamos vendo o resultado. Quando a gente se une, as coisas funcionam”, comemorou.

O ProJovem Campo é um programa do Governo Federal, executado em parceria entre secretarias municipais e estaduais de Educação.